quarta-feira, 27 de abril de 2016

Palavras são janelas ( ou paredes)

Nesta tarde, entre um atendimento e outro, uma "janela" e outra (horário vago na agenda), venho lendo um livro chamado "Comunicação não-violenta" Autor: Marshall B. Rosenberg, que escreve sobre como as pessoas tem usado as palavras de forma tão violenta, e que precisamos resgatar nossa maneira mais humana de conversar, ouvir, pedir, explicar, argumentar...enfim, tem abaixo um texto vai ajudar a refletir sobre como usamos as palavras.

PALAVRAS SÃO JANELAS (OU SÃO PAREDES)
(Ruth Bebermeyer)

Sinto-me tão condenada por  suas palavras
Tão julgada e dispensada.
Antes de ir, preciso saber:
Foi isso que você quis dizer?
Antes que eu me levante em minha  defesa
Antes que eu fale com mágoa ou medo
Antes que eu erga aquela muralha de palavras
Responda: eu realmente ouvi isso?
Palavras são janelas ou são paredes.
Elas nos condenam ou nos libertam
Quando eu falar e quando eu ouvir
Que a luz do amor brilhe através de mim
Se minhas palavras não forem claras
Você me ajudará a me libertar?
Se pareci menosprezar você
Se você sentiu que não me importei
Tente escutar por entre as minhas palavras
Os sentimentos que compartilhamos.



 Postado por: Elizângela das Graças Miranda (psicóloga clínica)

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Somatizações: Seu corpo sente o que você não fala

Quem nunca sentiu o coração acelerar quando recebeu uma boa notícia? Quem nunca sentiu um calafrio durante uma situação de medo ou incerteza?


Nosso corpo conversa constantemente conosco, para criar um equilíbrio entre sentimentos e pensamentos, para que ambos possam ser elaborados de maneira adequada afim de encontrar a melhor solução para um problema ou acontecimento.

Quando guardamos, escondemos, reprimimos nossos sentimentos, sem elaborar ou permitir que a emoção seja sentida, nossa mente pode encontrar uma forma de manifestar o sofrimento, fazendo com que nosso corpo fique doente para informar que algo está errado. A dificuldade em expressar seus sentimentos e necessidades, angústia, medos, raiva, depressão, ansiedade, enfim todo tipo de sofrimento emocional debilita a pessoa como um todo.



A somatização é caracterizada por sintomas físicos que a medicina não explica a origem e nem constituem um quadro clínico específico, mas podem ser de origem emocional. Esses sintomas podem ter sua origem nos pensamentos disfuncionais (pensamentos distorcidos que não condizem com o evento real) e emoções fortes que abalam o sistema psíquico.


As principais causas das somatizações são: a) ansiedade, preocupação excessiva, antecipação de acontecimentos; b) dificuldades em resolver problemas do cotidiano; c) Traumas por outras experiências vividas; d) Guardar ressentimentos, reprimir sentimentos,  entre outros.

Os principais sintomas: dores musculares, dores de estômago, náuseas, taquicardia, dores de cabeça constantes, falta de ar, sudorese, cansaço entre outros.



Vamos fazer um exercício: Lembre-se de um momento em que você pensou ter perdido algo importante, quais foram suas sensações físicas?
Identifique também os sentimentos. (medo, ansiedade, preocupação)

Quando conseguimos identificar os sinais do corpo, fica mais fácil dar nome ao sentimento, entender os pensamentos automáticos, transformá-los em possibilidades positivas e encontrar soluções.



terça-feira, 11 de agosto de 2015

A importância dos Contos de Fadas (parte 01)

Segundo o autor Bruno Bettelheim o conto de fadas tem um efeito terapêutico, na medida em que a criança encontra uma solução para as suas dúvidas através da consideração do que a história conta sobre seus próprios conflitos pessoais.



O conto de fadas não apresenta questões do mundo exterior, mas sim dos processos internos que ocorrem no sentir e no pensar de cada pessoa. E as crianças entendem bem essa linguagem, uma linguagem simbólica que apenas representa. São elas que inventam no seu dia-a-dia o jogo do “faz de conta” e tantos outros que as divertem e distraem em tempos vividos entre a imaginação e a realidade.

São elas que necessitam de contrapontos para situarem a sua própria vivência e o seu equilíbrio. Talvez por isso não se deva “explicar” à criança o sentido dos contos de fadas. As imagens e as ações são “as palavras explicativas” dos contos de fadas. A criança precisa dar seu próprio significado ao conto e o adulto precisa ter a sensibilidade de entender e analisar essa definição.


Texto do site "tapetedesonhos.wordpress.com" adaptado por Caroline Alves